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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Células-tronco derivadas de polpa dentária humana: propriedades e perspectivas

Células-tronco podem ser definidas como aquelas capazes de se auto-renovarem e de se diferenciarem em várias linhagens. Já foram isoladas de vários tecidos humanos, incluindo medula óssea, tecido neural e pele, entre outros. Em 2000, Gronthos et al.1identificaram células-tronco pós-natais ou maduras em polpa de dentes humanos. Estas células mostraram-se capazes de originar um tecido semelhante ao complexo dentino-pulpar, composto de matriz mineralizada e túbulos delimitados por células semelhantes a odontoblastos.
Dois trabalhos recentemente publicados trazem resultados promissores, no que se refere à engenharia de tecidos e à utilização destas células. No primeiro deles, publicado no final de 2006, Huang et al.2 utilizaram polpa dentária de terceiros molares extraídos com o objetivo de caracterizar células isoladas do tecido pulpar. As polpas coletadas foram cortadas em fragmentos de 2 x 2 x 1mm, digeridos em solução de colagenase. Suspensões de células foram obtidas e semeadas em placas de cultura, para a formação de colônias. Estas células foram denominadas células pulpares dentárias humanas (CPDhs). Na etapa seguinte, discos de dentina de aproximadamente 1mm de espessura foram obtidos dos mesmos dentes dos quais as polpas foram extraídas. Os discos foram tratados quimicamente e CPDhs foram semeadas sobre eles, em condições que permitissem o crescimento destas células. Os autores observaram que houve pouca proliferação celular sobre os discos de dentina, entretanto, nos casos nos quais ela ocorreu, após 16 dias de observação, verificou-se que algumas células apresentavam extensão citoplasmática penetrando dentro dos túbulos dentinários e exibindo características odontoblásticas. Estes achados demonstram o potencial que esta população celular tem de se aderir in vitro sobre a superfície dentinária.
Entretanto, é necessário enfatizar que embora estas células tenham a capacidade de se diferenciar em odontoblastos, esta diferenciação só acontece na presença de mediadores químicos capazes de desencadear este processo. Em função disto, Wei et al.3 investigaram a capacidade de mineralização de células pulpares dentárias humanas e procuraram identificar marcadores em potencial para a diferenciação de odontoblastos. A metodologia empregada para a obtenção das células pulpares humanas foi bastante semelhante à já descrita anteriormente. Para a verificação do processo de odontogênese, as células foram cultivadas em meio específico –a MEM – por 3 semanas e o RNA das células foi extraído e analisado em intervalos de tempo diferenciados. Os resultados mostraram que as células isoladas expressaram marcadores de células-tronco mesenquimais, diferenciando-se in vitro em linhagens odontogênicas, adipogênicas e condrogênicas. A análise do RNA celular, pela técnica de PCR em tempo real, identificou que a expressão da osteoclacina, da sialofosfoproteína dentinária e da matriz extracelular de fosfoglicoproteína aumentou em função do tempo nas culturas celulares. Em suma, as células humanas isoladas da polpa dentária possuem fenótipo de células-tronco com capacidade multipotente de diferenciação. Além disso, a sialofosfoproteína e a fosfoglicoproteína foram consideradas marcadores odontogênicos em potencial.
Tais achados demonstram que, embora a formação completa de um elemento dentário in vitro ainda não tenha sido viabilizada pela engenharia de tecidos, avanços importantes têm sido alcançados na busca do entendimento dos mecanismos envolvidos neste processo. A descoberta de marcadores odontogênicos é de grande importância, uma vez que estes podem ser aplicados in vivo, como por exemplo em polpas dentárias expostas por trauma, com o objetivo de induzir a diferenciação de células pulpares em odontoblastos para a formação de dentina sobre a região exposta. Fica claro, portanto, que o entendimento básico dos eventos biológicos envolvidos no processo de odontogênese deve fazer parte do conhecimento geral do clínico, uma vez que o desenvolvimento de materiais biotecnológicos, tais como proteínas sintéticas, é hoje uma realidade.





segunda-feira, 25 de abril de 2011

Resultado da pesquisa científica "HIF : Proteção para as células"

Breve comentário: Proteína aciona genes que evitam danos quando falta oxigênio nos tecidos.Em certas situações , o fornecimento de oxigênio para tecidos do corpo,através do sangue,é interrompido ou bastante reduzido.Essa condição,denominada isquemia podem danificar ou mesmo levar as células á morte. Quando esses eventos  acontecem , entra em ação a proteína conhecida como HIF (Hypoxia-inducible factors),que é capaz de ativar diversos genes que promovem rápida resposta contra hipóxia( baixa quantidade de oxigênio)e atuam permitindo  a adaptação da célula a essa nova situação,mantendo o processo de geração de energia.


Abrangendo todo o assunto:
A respiração celular é o processo pelo qual as células quebram as ligações químicas da glicose provinda dos nutrientes  ,consomem oxigênio e  geram gás carbônico,água e ATP.O ATP é a principal molécula que fornece energia para a realização de grande maioria dos processos celulares,como a replicação do material genético e a síntese protéica.
Os organismos aeróbios precisam do oxigênio para gerar energia em suas células,mas ás vezes ocorrem casos de situações normais ou de doenças em que a presença desse gás é muito reduzida. Exemplos:Atividade muscular intensa,pois consomem muita quantidade de energia e casos de tumores em que a velocidade da  produção de células supera a velocidade da formação da rede de vasos sanguíneos causando hipóxia nos tecidos.


°HIF
É uma proteína heterodimérica ,ou seja, composta de 2 subunidades diferentes , chamadas HIF-1alfa e HIF-1beta, a primeira corresponde aos diferentes níveis de oxigênio.Para que a célula possa responder rapidamente ás variações da concentração de oxigênio,a HIF-1alfa é constantemente sintetizada e degradada enquanto o aporte de oxigênio é adequado.A princípio,isso parece um " desperdício" de energia,mas esse mecanismo permite que,em uma situação de hipóxia,a célula responda de imediatojá que esta subunidade já estará presente nesse caso ,ela não será degradada e se unirá ao HIF-1beta para formar uma proteína completa , acionando o processo de proteção contra os danos que a falta de oxigênio pode causar.
°Genes regulados por HIF e suas funções:
Para participar da resposta á hipóxia os genes precisam ter, na região que regula a sua transcrição,uma sequência de nucleotídeos chamada elemento de resposta á hipóxia (conhecida como HRE).
A proteína HIF reconhece o HRE e ativa a transcrição desses genes.Diversos genes tem o HRE, o que faz deles possíveis alvos do HIF em uma situação de hipóxia.
HIF-1 alpha C terminal transactivation domain
         Hypoxia-inducible factor-1

sábado, 9 de abril de 2011

Restaurações Indiretas: Técnica Alternativa na Reabilitação Bucal em Odontopediatria.

           Mesmo com todas as medidas preventivas que estão disponíveis, a destruição precoce de dentes decíduos posteriores, pela doença cárie, é um dos problemas com o qual o odontopediatra se defronta na clínica diária. É comum deparar-se, com pacientes na faixa etária de 1 a 5 anos, portadores de cárie de mamadeira , apresentando envolvimento dos dentes posteriores e ântero-superiores.  Os molares decíduos por possuírem características anatômicas peculiares tornam-se os elementos mais susceptíveis ao ataque cariogênico na dentição decídua, transformando-se em um grande desafio para o profissional, a restauração desses dentes, devolvendo a estética e função.O advento das resinas compostas e, conseqüentemente, seu aprimoramento no decorrer dos últimos anos, possibilitou seu emprego na restauração de dentes posteriores.Recentemente, novas técnicas alternativas foram desenvolvidas, dentre as quais destacamos as restaurações indiretas com resina composta.    
Este trabalho tem por objetivo demonstrar a utilização de restaurações indiretas na reabilitação bucal em odontopediatria, propiciando ao clínico-geral e ao odontopediatra uma alternativa a mais para a reconstrução de dentes decíduos com grandes destruições coronárias.    

domingo, 3 de abril de 2011

INTERPRETAÇÃO DE EXAMES LABORATORIAIS

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
1° Módulo
09 e  10 de Abril:hematologia/hemostasia


2° Módulo:
16 e 17 de Abril:Anaíseses de fluidos biológicos/parasitologia médica


3° Módulo:
30de Abril e 1 de Maio:Bioquímica Clinica


4° Módulo:
15 e 16 de Maio:Imunologia Clinica


5° Módulo:21 e 22 de Maio: Microbiologia Médica


80  HORAS

1° CURSO DE IMAGINOLOGIA CLÍNICA

Incriçoes ate o dia  do evento na UFC!
PROGRAMAÇÃO:
Módulo Introdutório-Princípios Fundamentais
27/04,28/04,29/04


Módulo Digestório
04/05,05/05


Módulo Nefrourologia
06/05,


Modulo Tocoginecologia
11/05,12/05


Módulo Cardiologia
13/05,


Módulo Traumato-Ortopedia
18/05,19/05


Módulo Radiologia da criaça
20/05,


Módulo Neuroimagem
23/05,24/05


Módulo Otorrinolaringologia
25/05




60 HORAS ,LOCAL:FACULDADE DE MEDICINA DO CARIRI-UFC
Rua Divino Salvador,284-Barbalha-CE

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Turma de Odontologia 105.1
Leão Sampaio
Comemoração de Aniversário da Natália!
 "Os perigos do Beijo na Boca"


A gengivite, por exemplo, é uma infecção bacteriana que teve sua incidência aumentada nos últimos anos, provavelmente em decorrência do hábito de “ficar”. De acordo com um estudo publicado em fevereiro de 2006 no British Medical Journal, beijar na boca várias pessoas aumenta em quatro vezes o risco de adolescentes contraírem meningite, uma infecção cerebral potencialmente fatal. Já a bactéria causadora da temida cárie dental, streptococcus mutans, também pode ser transmitida pelo beijo na boca. 
Além das bactérias, o beijo também pode transmitir vírus causadores de doenças. Uma dessas doenças, a mononucleose, recebeu como nome popular "doença do beijo". Mononucleose é causada pelo vírus Epstein-Barr (VEB) e, depois de um período de incubação de 30 a 45 dias, a pessoa pode permanecer com vírus para sempre no organismo. 
Mononocleose pode ser uma doença assintomática, ou apresentar sintomas que incluem: fadiga, dor de garganta, tosse, inchaço dos gânglios, perda de apetite, inflamação do fígado e hipertrofia do baço. Outra doença por vírus mais conhecida, e também transmitida pelo beijo, é o herpes labial. Essa doença é provocada pelo vírus herpes simplex e pode causar bolhas e feridas nos lábios e pele ao redor da boca.
As temidas doenças sexualmente transmissíveis (DST) também podem ser contraídas pelo beijo. O Departamento de Saúde dos EUA considera que pode haver risco, apesar de muito pequeno, de transmissão do vírus HIV, causador da doenças da AIDS, através do beijo da boca  caso existam feridas ou sangramento na boca. O risco de transmissão do HIV através do beijo na boca teoricamente é maior em pessoas com body-piercing na língua ou lábios. Um beijo mais ardente poderia provocar sangramento na região do body-piercing, havendo o risco de infecção do vírus HIV se o sangue entrar em contato com uma lesão bucal ou corte. Outras DST também transmissíveis pelo beijo incluem sífilis e gonorréia.
Bem vindos ao SorriDent!
   Me chamo Daniela Fechine, sou aluna  do curso de odontologia da Faculdade Leão Sampaio e crio este blog  para expor assuntos relacionados a Odontologia e o dia-a-dia do curso.
     Neste espaço serão bem aceitos comentários e sugestões.Espero que o SorriDent proporcione conhecimento e curiosidades sobre essa área tão fascinante a todos os visitantes.
Desde já agradeço a visita de Todos!!!